Artista de Ilhéus participa de expô coletiva em São Paulo
Trabalhos da artista plástica ilheense Jane Hilda Badaró podem ser vistos na Galeria Casa de Portugal, em São Paulo/SP, até o próximo dia 31 de março, na exposição coletiva “Antes de Ontem e Depois do Amanhã”, sob a curadoria de Maria dos Anjos Oliveira e Tânia Sciacco. A mostra, com obras de variados estilos e técnicas - iniciou em 13 de março com um festejado coquetel marcado pela presença de significativas pessoas ligadas ao mundo da arte paulistana - visa homenagear as mulheres neste mês de março, mês tradicionalmente dedicado a elas. Também participam da exposição os artistas Claudia Cleto Ferreiro Ribas, Daniel Fontoura, Elsa Oliveira, Elza Haidár, Fatima Marinho, Marcia Baratto, Maria Mahler, Nilda Luz, Odhila Ronófio , Rafa Vieira, Sergio Grecú, Thamar Bortoletto, T.Machado e Virgínia Sé.
Maria dos Anjos explica o tema e o sentido da exposição: “de um modo geral a mulher tem em si a força de viver intensamente, lutar pelas causas nas quais acredita e sair vencedora. Parece possuir o tesouro da sensibilidade escondido em seu íntimo, mas precisa dividir isso com o mundo. Tem o passado como herança e bagagem, mas tem o olho no futuro. Ser mulher é estar “Antes do Ontem e Depois do Amanhã”. A idéia de fazer este evento surgiu da vontade de confraternizar em torno do universo “Mulher”. Assim, convidamos artistas de ambos os sexos, imbuídos neste propósito, oportunizando uma mostra de artes plásticas onde estão reunidas obras de 15 artistas que se destacam pelo talento e criatividade, e que por isso vêem firmando seus nomes no mercado de artes.”
Esta é a terceira vez que Jane Hilda expõe na Galeria Casa de Portugal, em São Paulo, situada no Bairro da Liberdade. “Renovo minha alegria a cada convite que recebo para participar de exposições, individuais ou coletivas, e projetos de artes, tanto na minha cidade Ilhéus, quanto em outros estados, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, assim como também para além das fronteiras do Brasil. Para o ano de 2014 tenho agendadas participações em Sevilha/Espanha, e no Japão, além de participação no livro de arte bilíngüe produzido por Fabio Porchat/Academia Latino Americana de Arte. Também participarei de Coletiva e Agenda produzidas pelo Escritório de Arte Vera Simões em São Paulo”, diz Jane Hilda, que possui ateliê na Avenida Soares Lopes, em frente à Tenda do Teatro Popular de Ilhéus, funcionando com hora marcada, onde oferece oficina de arte, expõe e comercializa seus trabalhos.
Indagada sobre sua arte, diz: “A arte que faço, e que gosto de fazer, é uma arte livre de regras e de compromissos com técnica. Não possuo escola e nem professor. Mas, se é preciso classificá-la, poderia dizer que estão situadas na esfera da art naif, art brut ou marginal, dentro do que possam ter de comum estes “estilos”. Em linhas gerais, a arte naïf ou arte primitiva moderna caracteriza-se pela simplicidade e pela falta de alguns elementos observados na arte acadêmica. É um estilo muito aceito e valorizado. Num sentido similar, a arte bruta ou marginal - que não é um movimento artístico, com um começo e um fim- é uma operação artística completamente pura, crua, reinventada em todas as suas fases por seu autor, baseada unicamente em seus próprios impulsos. Vejo que, de toda sorte, não é o estilo, ou a técnica, os principais critérios para a aceitação de uma obra de arte, mas sim o impacto emocional, o jeito que ela emociona o espectador. Dentro disso, felizmente que venho tendo respostas bastante positivas.”